8.11.01

Dia de Gibi Novo: New X-Men 116 e New X-Men Annual 2001

Não é segredo que - deixando de lado uns seis meses de minha vida - eu nunca liguei muito para os X-Men. A série tinha bons momentos, mas nunca escolheu de fato entre ser um filme de ação ou algo que falasse de alguma coisa. As histórias normalmente lidavam com algum mutante do passado ressurgindo e querendo vingança. Enquanto isso, de vez em quando alguém falava alguma coisa sobre o "sonho de Xavier" da coexistência pacífica de humanos e mutantes.

Finalmente os X-Men estão no rumo certo. Morrison repete a abordagem que empregou na sua JLA: encontrar o que define a série e trabalhar em cima disso, jogando todo o resto fora. No caso da Liga, os maiores heróis lutando contra as maiores ameaças. Já os X-Men se tornaram as tropas de uma espécie de ONU mutante. Nas quatro edições que eu li, a abordagem está dando ótimos resultados.

Até o momento, os X-Men abandonaram as identidades secretas, criaram uma organização ( a X-Corps) de proteção aos mutantes com escritórios em todo o mundo, destruíram um dos seus aviões de combate, fizeram eutanásia, enfrentaram traficantes de órgãos de mutantes, impediram um micro-sol de cometer suicídio e executaram (já que não conseguiam conter) a responsável pela morte de dezesseis milhões de pessoas.

Morrison diz que seus X-Men são pacifistas e - se o título se mantiver nessa linha - é verdade. Uma das maiores falhas dos quadrinhos de super-heróis e grande parte das ficções orientadas para a ação é o uso da violência como única forma de resolver os conflitos. Apesar da idéia de heróis pacifistas já ter sido utilizada antes, é inegável que nunca tiveram tanta visibilidade.

E - para completar - Jean Grey e Emma Frost nunca estiveram tão bonitas. (RSF)